08 abril, 2009

BES PHOTO 2008


André Gomes (Lisboa, 1951)

André Gomes – Inconsciência das Sombras,

da série Per Umbras, 2009




André Gomes - O livro de Ângela , 2009

I “... nada podia despertar Ângela daquele sonho"

“Quanto aos dois trabalhos que apresento para o Prémio BES Photo 2008, formam um conjunto que, para utilizar uma expressão musical, compreende dois andamentos: um largo e um allegro vivace. No largo, Per Umbras, que entendo como um teatro de sombras, percorro um caminho através das recordações que por certos quadros de mestres antigos me deixaram; no allegro vivace, O livro de Ângela, que corresponde a um teatro de máscaras, o percurso real dos actores confunde-se com a vida imaginária das personagens. O teatro de sombras é como a cortina de palco do teatro das máscaras: de um lado, a memória e os seus fantasmas, do outro, as atribulações do homem.”

(Excerto da entrevista publicada no catálogo da exposição)


Luís Palma (Porto, 1960)

Luís Palma - Salamanca#1,

da série Memória, Urbanismo, Periferia, 2008

“ “Territorialidades” é uma série que não pretende decalcar a realidade num inconsciente fechado sobre si próprio, é um consciente aberto a novas “linhas de articulação”. O ponto de partida é sempre o mesmo: uma região periférica que recentemente convive com estes regime de proximidade, numa afirmação política e fundamental para a sua identidade contemporânea mas, ainda assim, forçado á sua própria condição geográfica.”

(Excerto da entrevista publicada no catálogo da exposição)

Edgar Martins (Évora, 1977)

Edgar Martins - Sem título,

da série When Light Costs no Shadow, 2008

“Sou minhas vezes atraído por espaços onde posso dar prioridade à memória poética e não apenas a topografias. Não vejo os objectos que centram estas imagens como objectos, mas como eventos. À primeira vista pode dizer-se que também este trabalho se relaciona com o impacto do Modernismo sobre o ambiente, mas espero que vá muito além disso. Interessa-me o teatro e a performance – embora não no sentido tradicional da palavra. O que quero é registar a performance do mundo como um de processos e factos e a única forma de o conseguir é desacelerando o tempo. È por isso que uso muitas vezes o processo de longa exposição e utilizo, de certa forma, a minha máquina fotográfica como uma câmara de vídeo.”

(Excerto da entrevista publicada no catálogo da exposição)

BES Photo 2008 - Museu Colecção Berardo 23.03.09 – 17.05.09

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