27 setembro, 2009

EXPOSED CITIES - Guillaume Zuili, na PENTE10

© Guillaume Zuili , Exposed cities, 2009

Utilizo exposições duplas em vários locais para criar a minha visão própria da paisagem urbana. Os resultados mostram como os edifícios e construções interagem, em contexto, com a natureza e com as pessoas. Camadas feitas historia que, quando misturadas e reunidas, dão origem a características fantasmagóricas, simbólicas de momentos perdidos e narrativas por contar.
... Estas exposições duplas resultam de construções criadas em campo; por vezes são pensadas, outras vezes são tão obra do acaso como consequência de acções...
A verdade é que cada vez me interessa menos a simples realidade. Gosto de criar a meu próprio Mundo ...
Guillaume Zuili

Exposed Cities, de Guillaume Zuili

Galeria Pente 10, Travessa da Fábrica dos Pentes, Lisboa

Até 21 de Novembro

13 setembro, 2009

A de Arbus, Diane (EUA, 1923/1971)

Diane Arbus, Identical Twins, Roselle, N.Y.,1967


28 agosto, 2009

A de Antin, Eleanor (EUA, 1935)

Eleanor Antin, Plaisir d'amour (after Couture) 2007


20 agosto, 2009

A de Abbott, Berenice (EUA, 1898/1991)


Berenice Abbott, Pike and Henry Streets, Manhattan, 1936



A de Avedon, Richard (EUA, 1923/2004)

Richard Avedon, Dovina, 1955

A de Araki, Nobuyoshi (Japão, 1940)


Nobuyoshi Araki, s/ titulo





19 agosto, 2009

Hoje é Dia Mundial da Fotografia

"My favorite pictureof all my works" my niece Julia, Abril 1867

Todos nós temos “direito” a eleger uma fotografia como ”a fotografia”, mesmo aqueles que estão afastados do conhecimento da história e dos movimentos onde os trabalhos fotográficos se “encaixam” ou nós os encaixamos.
A fotografia ultrapassa os meios técnicos usados e mesmo o lado estético. Ultrapassa o sentido da realidade e do documental, tornando-se assim como que um “sentir” muitas vezes indescritível

“My favorite picture of all my works, my niece Júlia” de Julia Margaret Cameron, também é a minha fotografia favorita, não só de Cameron mas também de outros tanto fotografos cujo trabalho vou conhecendo e descobrindo.
Esta imagem, traz-me um “sentir”, algo efemeramente real, como que se tentássemos descobrir o que se devanece para além do olhar da "prima Julia"
O que acho interessante/importante é que Cameron nunca se peocupou com a”qualidade” técnica/química das suas imagens num tempo em que a fotografia era ainda tida como um processo eminentemente óptico/químico.

02 agosto, 2009

Edgar Martins versus NYT - O rescaldo da saga

Dupla página com uma imagem do trabalho The Ruins of the Gilded Age publicado no NYT

É conhecida a polémica sobre o trabalho fotográfico de Edgar Martins para o New York Time, sobre o colapso finaceiro do imobiliário nos EUA, estando aquele envolvido numa polémica sobre a manipulação digital das suas imagens, tendo o NYTime retirado este trabalho do slide show da sua versão on line e colocado a seguinte nota.

Editors' Note: July 8, 2009 A picture essay in The Times Magazine on Sunday and an expanded slide show on NYTimes.com entitled "Ruins of the Second Gilded Age" showed large housing construction projects across the United States that came to a halt, often half-finished, when the housing market collapsed. The introduction said that the photographer, a freelancer based in Bedford, England, "creates his images with long exposures but without digital manipulation."A reader, however, discovered on close examination that one of the pictures was digitally altered, apparently for aesthetic reasons. Editors later confronted the photographer and determined that most of the images did not wholly reflect the reality they purported to show. Had the editors known that the photographs had been digitally manipulated, they would not have published the picture essay, which has been removed from NYTimes.com.


Muito se tem escrito sobre este assunto e, através dela a questão da qualidade das imagens ser diminuida ou não pela manipulação digital das mesmas.

Como é bom conhecer os vários lados da questão e daí formularmos a nossa opinião ou alargarmos o conhecimento destes aspectos, aqui ficam alguns textos incluindo a do próprio Edgar Martins.


Arte Photographica,10 Julho
Critical Terrain, 23 Julho
"Pecado Original",texto de Jorge Calado em Actual/Expresso, 25 Julho
Texto de Edgar Martins publicado em Arte Photographica, 30 Julho
Ipsilon/Publico, 31 Julho

Para mim, ao Edgar Martins falta-lhe a humildade para aceitar uma coisa muito simples. Ao afirmar em vários sítios que as suas imagens não são manipuladas (o que ao serem, não altera em nada a qualidade das mesmas) tem agora “vergonha” de aceitar esta falsidade sob pela de que a “qualidade” das suas imagens seja atingida. Sendo certo que perde a credibilidade como pessoa, as suas imagens não deixam de ter a qualidade que lhe é reconhecida.

E, pegando nas palavras de Jorge Calado no Actual do Expresso de 25 de Julho, "o que é lamentável nesta polémica é que não se tenham discutido nem as fotografias nem a situação económica que elas pretendem testemunhar, alteradas ou não"

21 julho, 2009

Fernando Lemos e o Surrealismo


Filme de Pedro Aguilar e Bruno de Almeida, da exposição "Fernando Lemos e o Surrealismo" no Sintra Museu de Arte Moderna - Colecção Berardo, Novembro 2005

08 julho, 2009

# 06.07.08 TERRITÓRIO DE TRANSIÇÃO - Alberto Picco, Claudia Fischer, Ana Sério


Comissário Luís Serpa


# 06.07.08 Território de Transição de Alberto Picco, Claudia Fischer e Ana Sério
Fundação D. Luis I - Centro Cultural de Cascais
17 de Julho a 20 de Setembro

24 maio, 2009

DIAS ÚTEIS de Catarina Botelho

© Catarina Botelho, da série "s/ título" (marta no jardim), 2008


(...) É neste limbo entre still e life, entre esta paragem silenciosa e a vida, que podemos incluir as fotografias desta exposição. Não sendo obrigatóriamente naturezas mortas, são imagens fixas no tempo, captadas num momento que já passou, mas ainda relativas á vida que continua. Catarina Botelho (Lisboa, 1981), apresenta nesta segunda exposição individual, três séries de trabalhos ("s/ titulo", "modo funcionário de viver" e "termo de identidade e residência"), que reune sob o título de "Dias Úteis".
Filipa Valladares, in catálogo da exposição

DIAS ÚTEIS de Catarina Botelho
Rua Anchieta, 31, Chiado, Lisboa
Até 18 Julho, Quartas a Sábado das 14 ás 20h

Ver o trabalho de Catarina Botelho AQUI

HÚMUS de Valter Vinagre

(c) Valter Vinagre


O trabalho de Valter Vinagre (Avelãs de Caminho, 1954) na fotografia caminha por muitas direcções. É multíplice. É assertivo. E surpreendente. Como é surpreendente e acertada a escolha feita pelo madrileno Alejandre Castellote para uma exposição que não quer ser retrospectiva - quer fazer uma pausa para respirar depois de mais de 20 anos de fotografia. Chama-se Húmus, como que a pôr os pés descalços na terra para sentir a textura, o corpo e a substância da obra realizada. São quase 70 imagens que abarcam o período entre 1988 e 2009.
In ArtePhotographica

"O fio condutor da mostra explora de forma fragmentada alguns dos estratos mais íntimos do imaginário do ser humano. A selecção de imagens não está estruturada cronologicamente, antes sublinha as conexões simbólicas e a dualidade de significados existentes em muitos dos trabalhos de Valter Vinagre", refere o texto de apresentação.

Húmus, de Valter Vinagre
Centro Cultural de Cascais
Até 28 de Junho

07 maio, 2009

«Lisboa, 1858» - fotografias de Amédée Lemaire de Ternante (França 1821?-1866?)

Fotografia de Amédée Lemaire de Ternante. Chegada a Lisboa de D. Estefânea em 18 de Maio de 1858, pelas 12:00 horas. 19.8 x 23.6 cm


“O Arquivo Nacional da Torre do Tombo apresenta uma exposição fotográfica sobre Lisboa em 1858, do pintor e fotógrafo francês Amédée Lemaire de Ternante.
Esta mostra representa um dos mais antigos e mais ricos conjuntos de imagens fotográficas da Capital.
A mostra suscitará olhares diversos tanto do historiador, do urbanista ou do curioso como do esteta, pois aqui e ali, certas composições falam bem do modo como o seu autor encarava o registo fotográfico.
Este conjunto de imagens pertence ao Centro Português de Fotografia e integra a colecção Alcidia e Luís Viegas Belchior.Serão também apresentadas algumas gravuras de Lisboa, do mesmo período, da Colecção Castilho, do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
Está também patente o original do Tratado de Casamento de D.Pedro V com D.Estefânia.”

«Lisboa, 1858» - fotografias de Amédée Lemaire de Ternante
Instituto dos Arquivos Nacionais - Torre do Tombo
Até 12 de Junho 2ª-6ª: 10h00-19h30; Sab: 09h30-12h30 - Entrada livre
Amédée Lemaire de Ternante no blogue Grand Monde

06 maio, 2009

A "Mala Mexicana"

No último ano, o International Center of Photography, em Nova Iorque, tratou os negativos encontrados no México: fotografias tiradas por Robert Capa, Gerda Taro e David Seymour na Guerra Civil de Espanha



03 maio, 2009

Dorothea Lange (USA, 1895-1965)

Para todas as mães do mundo

Dorothea Lange, Migrant Mother, 1936

Dorothea Lange decidiu ser fotógrafa com 18 anos de idade.
Começou a sua carreira como ajudante de fotógrafa entre 1912 e 1918 e entrou para a Universidade da Columbia onde estudou fotografia entre 1917 e 1919 sob a orientação de C. H. White. Aos 24 anos de idade abre o seu próprio estúdio de fotografia.
Em 1929, marcada pela crise que assolava os Estados Unidos da América, consagra todo o seu trabalho à reportagem social. Fotografa os grevistas e as manifestações dos trabalhadores privilegiando sempre o lado humano do acontecimento.
A partir de 1935 integra o grupo de fotógrafos (Bem Shan, Walker Evans, Carl Mydans, Arthur Rothstein, Russell Lee e Jack Delano), coordenados por Roy Stryker, para trabalhar na Farm Security Admistration, organismo do governo americano que cuidava dos assuntos relativos à crise agrícola americana dos anos 30 e que usava a fotografia como meio documental. É durante a realização deste trabalho que Dorothea Lange faz a sua fotografia mais conhecida, Migrant Mother (1936), que retrata Florence Thompson com os seus filhos.





30 abril, 2009

Lillian Bassman (USA, 1917)

A fotografia de Moda, no feminino



Lillian Bassman, born in 1917 in Brooklyn NY, is an accomplished fashion photographer - most noteably for her work at Harper's Bazaar during the 40's, 50's and 60's. Her dramatic black and white images of women represent some of the most iconic of the time. Her experimental approach revolutionized the fashion industry and its relationship to photography.

Lillian Bassman, Then and Now in Staley Wise Gallery

29 abril, 2009

Stephen Shore (USA, 1947)



"What I guess goes through my mind when I’m taking a picture is I’m thinking wordlessly about how all these elements relate to each other and I’m thinking again wordlessly about finding a balance that I look for a point that seems central to the picture and when I find that point that tells me where to stand and where exactly to aim the camera.
… A work can hold a lot of different things at once, explore the medium, explore perception and explore other psychological levels. I think all these levels operate through work at the same time so I don’t feel like I need to limit what I’m doing, that I can hold all these things."

Stephen Shore

Stephen Shore was born on October 8, 1947 in New York City. He began photographing at age eight, and at fourteen sold three prints to Edward Steichen (then director of the Metropolitan Museum of Art in New York). Shore left a Manhattan prep school during twelfth grade, and spent 1965 through 1969 documenting Andy Warhol’s factory. In 1971 the Metropolitan Museum of Art exhibited Shore’s work in the institution’s first-ever single artist show by a living photographer. In 1976 the Museum of Modern Art in New York exhibited his color work. Shore is the recipient of a John Simon Guggenheim Memorial Fellowship (1975) and two National Endowment for the Arts Fellowships (1974 and 1979). The George Eastman House mounted his first retrospective, Stephen Shore: Photographs 1973-1993, in 1996. His work is included in such collections as the Metropolitan Museum of Art, New York; Museum of Modern Art, New York; Museum of Fine Art, Houston; Seattle Art Museum, Washington; and Yale University, New Haven, Connecticut. Shore resumed photographing in black-and-white in 1991, and more recently has begun shooting with a digital camera and printing small iphoto books.
Kendra Greene in Museum of Contemporary Photography

25 abril, 2009

25 de Abril de 1974

The Genius of Photography 6/2 , 6/4


Episódio 6 / Parte 2

Episódio 6 / Parte 4

The Genius of Photography 5/1, 5/5


Episódio 5 / Parte 1

Episódio 5 / Parte 5

The Genius of Photography 4/1, 4/3, 4/5


Episódio 4 / Parte1

Episódio 4 / Parte 3

Episódio 4 / Parte 5

23 abril, 2009

Les Rencontres d'Arles 2009


Les Rencontres d'Arles - 40ª Edição
Arles, França 7 de Julho a 13 de Setembro 2009

Extracto da conferência de emprensa em 24 Março 2009

22 abril, 2009

PHOTOESPAÑA 2009

A PhotoEspaña está aí ( de 3 a 26 de Julho) e AQUI

Cruel and Tender - The Real in the Twentieth-Century Photograph

A Tate Modern, em 5 de Junho de 2003 apresentou a exposição Cruel and Tender - The Real in the Twentieth-Century Photograph.

Nesta exposição a Tate reconhece que a fotografia é uma componente chave da cultura visual contemporânea e, a partir dessa data, passa a estar incluida na sua programação regular.

Consultar o trabalho exposto pelos artistas AQUI

17 abril, 2009

Bernd & Hilla Becher

(c) Bernd & Hilla Becher - Pitheads, 1974









Bernd Becher (Alemanha, 1931), Hilla Becher (Alemanha, 1934)

Martin Parr





Martin Parr (UK, 1953) é um cronista do nosso tempo. A sua singular visão e a oblíqua aproximação ao documento social causou não só um grande debate, como também influenciou enormemente a cultura fotográfica contemporânea

16 abril, 2009

Graça Pereira Coutinho, "This Is What I Do"

(c) Graça Pereira Coutinho

"This Is What I Do" de Graça Pereira Coutinho

Carlos Carvalho - Arte Contemporânea R. Joly Braga Santos, Lt F c/v Lisboa

18 Março a 28 Abril 09



Fototipias


Trabalho inédito do fotógrafo amador António Machado de Mendia (1880-1933), 27 paisagens, na sua maioria realizadas no País Basco. São igualmente expostos trabalhos de vários fotógrafos do espólio Eduardo Portugal (1900-1958) doado ao Arquivo em 1991: Domingos Alvão, Silva Nogueira, Francesco Rochinni e outros, em actividade no final do século XIX e primeira metade do século XX, que utilizaram a fototipia como processo de impressão dos seus trabalhos e na realização de edições e exposições. A fototipia foi um processo de impressão fotomecânico, comercializado a partir de 1868, que permite imprimir muitas provas a partir da mesma matriz, com excelente reprodução dos meios-tons, detalhe minucioso nas sombras e a aparência de fotografias reais.
Fototipias
Arquivo Fotográfico Municipal Rua da Palma, 246 1100-394 Lisboa
24 Março a 21 Maio 09
Programação de Visitas Guiadas: 2, 23 Abril e 7, 21 Maio: 17h

15 abril, 2009

Alexandr Glyadyelov, "The Prison Within"

(c) Alexandr Glyadyelov


Alexandr Glyadyelov (Legnitz, Polónia 1956)

“(...) Alexandr Glyadyelov, polaco de origem e ucraniano de alma, luta, através do seu trabalho como fotógrafo, para mostrar que nada mudou. A opressão continua na Grande Rússia. Povo endurecido pela revolução de 1917, massacrado durante a Segunda Guerra Mundial, privado de tudo durante os anos da Guerra Fria e a quem foi finalmente dada a ilusão de liberdade depois da queda do muro. O capitalismo selvagem da era pós-Gorbachev, a tirania putiniana e a fragmentação do território em províncias, não ajudou em nada este povo quebrado pelo quotidiano e alienado depois de duas guerras perdidas, no Afeganistão e na Chechénia.Alexandr Glyadyelov faz parte deste povo. Escolhe como sujeitos as crianças abandonadas das ruas de Kiev, os toxicodependentes de Odessa e os esquecidos nos gulagues siberianos do século XXI. Cheirar cola em miúdo, injectar heroína mais tarde, roubar para sobreviver à miserável realidade. Crime e castigo. A expiação do mal interior. A maldição eterna das estepes. A miragem das grandes cidades.(...)"

Excerto do texto que Paulo Nozolino escreveu para o catálogo da exposição. Reportado de Arte Photographica

"The Prison Within", de Alexandr Glyadyelov
Galeria Pente 10 Travessa da Fábrica dos Pentes 10, Lisboa
Imperdível, até 30-04-09

Bert Teunissen - Domestic Landscapes

(c) Bert Teunissen - Souto#2 (Portugal) 25-3-2002 12:47


(c)Bert Teunissen - Meirinhos #2 (Portugal) 25-3-2002 17:13

Born in Ruurlo, the Netherlands, in 1959.
In 1996 Bert started to make a series of photographs that were made in houses that still have the ‘old and antique available daylight’. This is a series of photographs about a certain atmosphere that Bert knew from his childhood. The work is made in Holland, France, Portugal, Belgium, Germany, Spain, Italy, Great Britain and Japan and will find its continuation around the world. Here Bert uses available light to photograph people in their kitchen, livingroom or bedroom. It is a search for a way of living that has been around for centuries and that is disappearing from society fast, due to architectual changes but also because of new regulations in the EU and other parts of the world.The light that is being used is the same that was used by the great Dutch masters like Vermeer and Pieter de Hoogh in their paintings and the photographs of Bert have been related to the works these painters ever since.
This series was the international break-through for Bert and his first show in New York was in september 2000.
In the spring of 2007 a book about the project will be published by Aperture in New York. The book will accompany the first exhibition at Huis Marseille in Amsterdam.

In BERT TEUNISSEN . A ver imediatamente

13 abril, 2009

"A Batalha das Sombras" no Museu do Neo-Realismo

COLECÇÃO DE FOTOGRAFIA PORTUGUESA DOS ANOS 50
MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA - MUSEU DO CHIADO

Foto de Fernando Taborda - Estrada da Vida, 1954

A colecção de fotografia do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, foi iniciada em 1999, com o processo de doação das obras fotográficas de Fernando Lemos, pela A. T. Kearney, Portugal.Na continuidade desta política de actualização dos acervos, foram incorporadas na colecção, através de aquisições e doações, um conjunto de obras fotográficas representativas das dinâmicas da fotografia portuguesa ao longo da década de 50, momento particularmente interessante e mal estudado da sua história.A fotografia portuguesa, neste período, reflecte de forma ímpar muitas das dissonâncias e conflitos estéticos então vividos, que só podem ser lidos e entendidos em articulação e cruzamento permanente com todas as outras áreas da vida cultural, social e política neste período.A “batalha de sombras” que estas imagem evocam, é a repercussão duma sociedade cada vez mais polarizada entre a perpetuação duma ilusão e o desengano, produzindo imagens ensombradas por uma cultura fotográfica e artística pouco debatida, ignorando-se mutuamente, e em que cada imagem é a expressão dum dilema entre a “arte pela arte” e as rupturas (im)possíveis em prol duma arte de dimensão e participação social e humanista.Mais do que uma batalha entre tradição e inovação assistimos a uma ambivalência entre representação e apresentação, técnica e inspiração, alta e baixa cultura, estética e ética, arte e ideologia. Na década de 50, todas as dissonâncias e incoerências são o reflexo duma relação interrogativa, se bem que muitas vezes inconsciente, do objecto fotográfico face aos diversos entendimentos estéticos da cultura portuguesa, assim como da sua história.Os autores e obras aqui apresentadas percorrem aspectos de grande diversidade, desde a fotografia amadora associativa e o meio salonista a ela associado, abordando a produção de autores inéditos, os amadores “anti-salonistas”, a fotografia no contexto dos movimentos neo-realista e surrealista, assim como a vocação ilustrativa e de inventário do objecto fotográfico. A apresentação desta colecção de fotografia do MNAC-MC, assenta numa interrogação crítica de toda esta diversidade, permitindo a constatação de ritmos múltiplos na sua articulação, que levantam debates subjacentes ao objecto fotográfico de interesse generalizado actualizado, nacional e internacionalmente.

Curadoria: Emília Tavares
A Batalha das Sombras
Museu do Reo-Realismo
07.03.09 a 14.06.09

12 abril, 2009

The Genius of Photography 3/3



Episódio 3 / Parte 3

Henryk Ross - Biografia

The Genius of Photography 3/1



Episódio 3 / Parte 1

10 abril, 2009

The Genius of Photography 2/3



Episódio 2 / Parte 3

The Genius of Photography 2/2



Episódio 2 / Parte 2

The Genius of Photography 1/6



Episódio 1 / Parte 6

The Genius of Photography 1/5



Episódio 1 / Parte 5

The Genius of Photography 1/4



A BBC4 publicou, em 2008, a série The Genius of Photography que divulga a fotografia desdes os primeiros tempos até á actualidade. Não conseguindo obter todos os episódios, divulgo aqueles que se encontram publicados no YouTube
Episódio 1/ Parte 4

08 abril, 2009

Jan Saudek (Praga, 1935)

"Invisões, Portugal Visto pelos Fotógrafos Franceses" no CPF

Porto, Ribeira, Julho 2007"Autor: Georges Dussaud
© Georges Dussaud
Há duzentos anos, o Norte vivia em sobressalto a invasão de Soult. Mas é da lei da guerra e da paz que os ocupantes deixem atrás de si rastos da cultura própria e outras alterações mais gratuitas do futuro. No país, que levaria o seu exército com Wellington a atravessar os Pirinéus, uma outra revolução de advogados estava já em marcha.
Por isso mesmo, este conjunto de exposições não comemora apenas as misérias e as vitórias locais do império napoleónico mas, acima de tudo, os efeitos culturais de sucessivos reconhecimentos.
A Península, respondendo com uma violência inesperada ao exército jacobino, ganhava então o seu cunho de exotismo e barbárie, - a temeridade dos bandoleiros fará eco nos libretos de Ópera, no romance oitocentista e na representação dos seus habitantes. A meados do século XIX, a pátria do Empecinado e do general Silveira era visitada pelas missões fotográficas com o mesmo olhar de descoberta que levava os fotógrafos a Marrocos ou ao Egipto.
Cabo da Europa a que o mar imenso fizera esquecer, são por vezes esses olhares franceses que fazem o país descobrir-se a si mesmo. E é esse olhar do outro que nos confronta ou que dele dá notícia, que aqui se mostra. Inclui grandes fotógrafos franceses, pretéritos ou nossos contemporâneos, todos eles incluídos na Colecção Nacional de Fotografia. Georges Dussaud, que lhe pertence, mostra-nos uma série com que tudo, aqui no Norte, parece fechar, a sua visão da cidade que mal conhecemos.
Maria do Carmo Serén, in site do CPF
"Invisões,Portugal Visto pelos Fotógrafos Franceses"
Centro Português de Fotografia
04-04-2009 a 28-09-2009

BES PHOTO 2008


André Gomes (Lisboa, 1951)

André Gomes – Inconsciência das Sombras,

da série Per Umbras, 2009




André Gomes - O livro de Ângela , 2009

I “... nada podia despertar Ângela daquele sonho"

“Quanto aos dois trabalhos que apresento para o Prémio BES Photo 2008, formam um conjunto que, para utilizar uma expressão musical, compreende dois andamentos: um largo e um allegro vivace. No largo, Per Umbras, que entendo como um teatro de sombras, percorro um caminho através das recordações que por certos quadros de mestres antigos me deixaram; no allegro vivace, O livro de Ângela, que corresponde a um teatro de máscaras, o percurso real dos actores confunde-se com a vida imaginária das personagens. O teatro de sombras é como a cortina de palco do teatro das máscaras: de um lado, a memória e os seus fantasmas, do outro, as atribulações do homem.”

(Excerto da entrevista publicada no catálogo da exposição)


Luís Palma (Porto, 1960)

Luís Palma - Salamanca#1,

da série Memória, Urbanismo, Periferia, 2008

“ “Territorialidades” é uma série que não pretende decalcar a realidade num inconsciente fechado sobre si próprio, é um consciente aberto a novas “linhas de articulação”. O ponto de partida é sempre o mesmo: uma região periférica que recentemente convive com estes regime de proximidade, numa afirmação política e fundamental para a sua identidade contemporânea mas, ainda assim, forçado á sua própria condição geográfica.”

(Excerto da entrevista publicada no catálogo da exposição)

Edgar Martins (Évora, 1977)

Edgar Martins - Sem título,

da série When Light Costs no Shadow, 2008

“Sou minhas vezes atraído por espaços onde posso dar prioridade à memória poética e não apenas a topografias. Não vejo os objectos que centram estas imagens como objectos, mas como eventos. À primeira vista pode dizer-se que também este trabalho se relaciona com o impacto do Modernismo sobre o ambiente, mas espero que vá muito além disso. Interessa-me o teatro e a performance – embora não no sentido tradicional da palavra. O que quero é registar a performance do mundo como um de processos e factos e a única forma de o conseguir é desacelerando o tempo. È por isso que uso muitas vezes o processo de longa exposição e utilizo, de certa forma, a minha máquina fotográfica como uma câmara de vídeo.”

(Excerto da entrevista publicada no catálogo da exposição)

BES Photo 2008 - Museu Colecção Berardo 23.03.09 – 17.05.09

06 abril, 2009

Horacio Coppola no CCB

Horacio Coppola (1906), Calle Corrientes, 1936

Em 1923, um jovem e desconhecido poeta de nome Jorge Luís Borges (1899-1986) publicava o seu primeiro livro: Fervor de Buenos Aires. Nenhum escritor cantou, com tão apaixonada fulgurância, o fascínio da grande metrópole: “Suponho-a tão eterna como a água e o ar.”
Horácio Coppola (1906), que foi amigo de Borges, fotografou a cidade que o poeta cantou.
A palavra de um e as fotos do outro juntam-se agora numa exposição que evoca a contribuição de ambos para a “fundação mítica” de uma cidade incomparável.

Fervor de Buenos AiresBorges, Coppola, Buenos Aires
CCB, Galeria Mário Cesariny 09-03-2009 a 08-04-2009

Horacio Coppola - Exposición Fundación Telefónica

Grandes fotógrafos

Henri Cartier-Bresson, Richard Avedon, Robert Mapplethorpe, Robert Capa, Helmut Newton, Man Ray, Sebastião Salgado